segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

La folie!

Carnaval!
Eu gosto! Sou um folião por natureza. O Carnaval dá-me asas e permite-me fazer as maiores parvoíces saindo naturalmente incólume de todas as pequenas tropelias que possam ocorrer-me.
Este ano não foi excepção.
Frente à decisão de permanecer fiel aos Cabeçudos ou arriscar nos pescadores eu e mais três foliões decidimos que iríamos inovar no Carnaval de Sesimbra.
Vai daí Rossio. Preparação. Uns euros gastos, pés cansados e uma bela açorda no bucho e estávamos preparados para o que desse e viesse.

Aproveito a ocasião para recomendar a todos uma visita aos centros comerciais do Martim Moniz. Verdadeira pérolas interculturais permitem ao Lisboeta incauto aperceber-se da verdadeira dimensão e utilidade da colonização portuguesa. Tanta variedade, cor, cheiros e estranheza apenas nos podem provocar sensações de bem estar com a pluralidade da paleta humana, em particular do mundo português. Gosto!

19 horas e a arrancar para Sesimbra na promessa de uma noite bem passada com amigos e desconhecidos.
Dia de bola. A bola rompeu-se. Pouco importante. Os petiscos, a cervejola e o xiripiti mais português e velhinho deixou-me pouco marimbando para as aventuras e desventuras de treinadores calamares em terras lusas. Para mais, o choco frito estava bem bom!
Meia noite e corridos dos petiscos. Uns mais tombados que outros, mas todos com incomensurável alegria! Agora sim, vamos brincar ao Carnaval!
Na marginal um palco encomendado para o efeito dava as cada vez mais tradicionais brasileiradas aos foliões. Pezinho de dança, palhaçada, cervejola, cigarrito, pezinho de dança, fotografia, cervejola, fotografia. Já mais a cem que a dez vimos o concerto terminar e a multidão em direcção à sociedade! Bora lá! Chegados à porta uma multidão esperava o mesmo que nós. Entrar, dançar, beber, rir e claro... brincar ao Carnaval! A máquina ficou sem bateria, mas a alegria movia a equipa!
"Luís, Luís!!!" Berrei em direcção ao portas! Não era Luís, era Eduardo. Dá-me igual!
Conceito Tina Turner no concerto de Metallica no Restelo em anos idos. Dois jovens gritavam pela Tina (tinha dado concerto no mesmo espaço dias antes) enquanto avançavam em direcção ao palco. A multidão, baralhada, deixava-os passar num misto de perplexidão e simpatia. Comentei na altura "que granda truque!". Responderam afirmativamente. Em menos de 5 minutos chegavam às grades. Aprendi um truque que até hoje me acompanha!
Na porta da sociedade o truque resolvia mais uma vez... perplexos deixavam passar os quatro que conheciam o Luís que estava à porta. Mais ninguém conhecia. "Devem ser amigos! Dominam esta cena toda...". Não duvido que fosse este o pensamento que reinava nas cabeças dos incautos simpáticos que nos davam os seus lugares na fila! 2, 3 minutos e o Eduardo corrigia-me o seu nome. Perfeito! "Somos 4!"
Entrámos. Dançámos, bebemos, brincámos, rimos, foliámos com pessoas desconhecidas como só é possível em duas ou três noites por ano. Mas nesta noite é especial! Não conheço, não quero conhecer. Apenas brincar, brincar ao Carnaval!
Gente mais conhecida, gente menos conhecida. Gente gira, gente feia. Gente em pé, gente caída. Gente de cerveja, gente de água. Tudo!
7 da manhã. Volta. O punhal distribuía e finalmente descansava. Ele e, claro, eu.
Foi mais um Carnaval dos bons!
Sesimbra tem mais encanto na hora da folia! Hehe!
Este Carnaval foi assim, o próximo... Será diferente. São todos!



With love from uma sociedade de Sesimbra,
Marco

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