quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Caipiroska e uma cabana, porque não?

Alain. Francês com qualquer coisa entre 55 e 65 anos, Físico, ex-funcionário de uma central nuclear algures em França. Inventor. Um dia inventou um qualquer polímero (e esta, hein?) para fazer qualquer coisa numa qualquer parte de uma qualquer central nuclear. Não sei se vendeu ou se tentou. Não sei porquê, mas um dia fartou-se e de malas feitas disparou para o Brasil. Talvez de férias como tantos outros encontrou aqui aquilo que lhe parecia trazer a prometida felicidade. Fixou-se em Fortaleza. Abriu um restaurante. 13 anos depois vendeu o restaurante. Junto com seu filho abriu o Café Creme na praia do Cumbuco.
Personagem castiça tem um riso curioso. Uma mistura entre Mr Muttley com qualquer outro riso rítmico. Contagia. Bem disposto, sorridente, talvez tenha mesmo encontrado a tal Felicidade aqui mesmo, na praia do Cumbuco.
Eu sei o que é que encontrei. Uma Caipiroska na esplanada dele enquanto espero a hora de jantar e escrevo estas linhas. É o primeiro post Open Air! Mais, é o primeiro post a caneta. É o primeiro post que é transcrito para o Blog e não escrito. É o primeiro post escrito no Nordeste. É o primeiro post que escrevo enquanto bebo uma Caipiroska, no Cumbuco, na esplanada do Alain, neste dia 7 de Agosto! Brindo a isso! (Levantei o copo, gritei À minha! e bebi! palavra... Há neste momento uma série de pessoas a olharem para mim com estranheza... Aliás está ali uma gringa, como eu, loirinha e com tez morena, ares do Kite... que respondeu... ergueu o copo dela e bebeu... volto já...) Afinal é morena, chama-se Raimunda e vive no Cumbuco... Raios parta o Vodka!! Mas vá... Boa gente, esta que vive no Cumbuco! Adiante...
A esplanada do Alain, como tantas outras no Cumbuco, é mesmo sobre a praia. E que praia... Hoje, depois do jogo do Benfas (granda Benfas!!) contei algumas 50 asas (ou pipas) de Kite Surf nos céus!
Amanhã começo o meu cuso de Kite. É um risco que vou correr! Esses e tantos outros! Mas em Roma sê Romano e o Brasil é isso mesmo! Um país de riscos!
E há mesmo alguns, é certo, mas aqui no Cumbuco, o único risco que corro é mesmo tropeçar a caminho do "flat" e bater com a testa num côco! Sim, côco, sem piadinhas de acentuação, ok!?
tudo isto para dizer que com duas semanas de Cumbuco já compreendo o que o Alain, o Miguel, a Tina, o Hans ou tantos outros viram nesta terra que os fez ficar por cá.
Não existe amor e uma cabana. Nem para mim, nem para eles. Há oportunidades de negócio que encontram aqui, e lhes permite uma vida diferente da que levavam. Muito diferente. "Folgada" Aliás... A parte do amor, aqui, só se a trouxer de casa... Mas cabanas, essas, são muitas e simpáticas.
Pode não haver amor e uma cabana, mas aqui, no Cumbuco, Caipiroska e uma cabana assenta que nem uma luva!

With love from Cumbuco,
Marco

PS. Este post tem mais de 2 semanas de existência. Estava guardado na gaveta do escritório... mas duas semanas depois mantém-se intacto. Apenas duas diferença. A caipiroska faz-me azia, descobri o Mojito de morango (!!!) e o Kite não é um risco... É uma loucura!!!!