segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mais um dia no escritório...

Segunda-feira.
Depois de mais um fim de semana de turismo, voltei à labuta.
Cheguei à obra e pronto. Tudo terminado, arrumado e pronto a transferir para a próxima obra. Agradeci aos trabalhadores a dedicação e o bom trabalho. Fecicitei o Encarregado por um trabalho bem feito. Fui felicitado. Cumprimentos e marchei. Decidi pôr em dia a papelada e organizar umas ideias. Vim para o escritório.
É esse mesmo escritório que quero partilhar connvosco.
Este é o meu escritório.

Sim, sei que tem um ar pouco profissional e umas estantes até me poderiam fazer jeito... Vou pedir ao gerente do Hotel!

With love from Málaga,
Marco

domingo, 18 de janeiro de 2009

Os cercos de Gibraltar: montados ou montagens?

13. Dizem eles que sofreu 13 cercos. 13? Parece-me um pouco exagerado...
O maior, entre 1779 e 1783 dizem que opôs tropas Hispânico-Francesas e Inglesas. Explique-se.
Depois da Guerra dos sete anos (1763) Gibraltar foi atribuido aos Ingleses como parte dos espólios vencedores. Anos mais tarde inicia-se a Guerra da Independência lá para os States e os camons vá de correr para lá a ver se não perdiam aquilo. Aqui os cervantes e os louvres lembraram-se de dar uma ajudinha aos américas e dar nos cornos dos brits do lado de cá... Palavra puxa palavra e vai de montar um cerco ao mono branco para ver se recuperavam controlo do mediterrâneo. Três anos e sete meses, umas pesetas jeitosas e uns poucos milhões de libras depois e lá deixaram tudo na mesma... Mas... vamos lá a ver... são dos povos mais aldrabões do mundo, não? Cá para mim é tudo tanga! Eu tenho cá a minha versão que, entre nós, é bem mais convincente...
Que os sete anos aconteceram, certo. Que os américas se lembraram que queriam uma bandeira deles, certo. Que os frogs são tontos para entrar neste filme, certo. Agora esta cena do cerco é está aqui a bulir comigo...
Vejam lá se este cenário não é muito mais lógico...

Os tortillas estavam tipo lixados com os beefs. Vai daí declaram-lhes guerra. Querem Gibraltar de volta! Os comandantes do exército e da armada Espanhola colocados no cerco olharam bem para Gibraltar e pensaram "Hummm... Que parvoice!" (eu dava bem para comandante do exército espanhol, não acham?). Contas feitas tinham de subir alguns duzentos ou trezentos metros de escarpa para chegar àquele monte que nem ouro nem indias... não tinha nada! Acercaram-se do estafeta mais próximo e pediram "Vai lá buscar o Elliot q'agente precisa de hablar com ele!". O estafeta foi e trouxe o Elliot.
-Olha lá, ó Elliot, o que é que tu precisas aí em cima que estejas farto de pedir à Rainha e ela nada?
-Ahhh... E-e-e-u p-p-precisar, p-p-precisar, p-p-preciso de um t-t-teatro. M-m-mas ela n-n-não me liga n-n-nenhuma!
-Coño! Tinha de nos sair um b-b-beef!
-Então escuta lá! Que é que achas d'agente fingir aqui um cerco, tu pedes lá as libras à velhaca e quando tiveres tudo pronto a gente desmonta o cerco e diz que não conseguiu fazer nada porque a fortaleza é expugnavel e tudo isso... na verdade ficamos cá em baixo a ver sevilhanas das boas e de vez em quando, quando o teatro estiver pronto vamos aí beber uns copos e comer umas... ahhh.... costeletas de carneiro?!
-Ep-p-p-pá! Isso é u-u-u-uma óp-p-p-p-p-p-...
-Sim, já percebemos, uma óptima ideia!
(-O gajo não sabe que o p é mudo?
-Deixa-o, coitado... é beef!)
-Isso. M-m-mas vou t-t-ter de fazer m-m-mais umas c-c-coisas p-p-para a enganar m-m-mesmo b-b-bem. S-s-sei lá! Uns t-t-túneis e umas m-m-merdas m-m-m-militares!
-Boa! Faz isso mesmo! Assim ninguém desconfia! Nós, agora que falas nisso, vamos fazer uns barcos e fingir uns mortos e tal, e assim até entramos para a história como os gajos que fizeram um cerco durante mais tempo!
-Ok. V-v-v-vou fazer o t-t-teatro n-n-numa g-g-gruta lá em cima q-q-que t-t-tem uma óp-p-p... boa acústica! Vou fazer uns t-t-túneis e umas b-b-b-baterias e de certeza q-q-que a m-m-malta do exército vai g-g-gostar!

Ficou então combinado entre os três que assim seria o cerco. Cá em baixo sevilhanas, vinho andaluzo e meia dúzia de barcos. Lá em cima, boatos de doenças, túneis que até davam jeito para fugir com as amantes, e um teatro numa gruta que por sinal é bem boa de acústica!
Mas os tontos dos calamares não contaram com a astúcia do beef que não falava certo. Raio do gago vai de alardoar tanto que o cerco era tão inultrapassávle e as condições lá dentro tão duras que, quando os beefs dos mantimentos via a moral da malta do exército pensava que o gajo era mesmo um génio. Resultado? Os tais comandantes espanhois foram mandados para a Patagónia fazer cercos a glaciares para garantir que a água, que era do Reino de Espanha não fugisse para o mar! E depois? Bem, depois não sei. Aliás... Nem sei ao certo quem eram estes tipos. Sabem que dos fracos não reza a História. Já o Elliot, foi feito Knight of the Bath e Barão Heathfield de Gibraltar.
Ah pois é! Digam-me lá, quem enrola assim não é gago!
E, to make a long tale short, assim foi. Foi assim que tudo aconteceu. Eu estive lá, eu e claro, o José Hermano Saraiva. Mas o Joselito não gosta muito desta História. Não tem miudas nem intrigas de alcofa...
Então mas e tens provas?
Claro... Apresento-vos... o teatro!

E agora, já acreditam?
With love from St Michael's Cave,
Marco

Gibraltar. Que parvoice!

Mas que parvoice mesmo!
Porquê? Eu explico...
Tudo começa à chegada. A Catarina diz-me que já lá estou quase. Estou em La Linea. Terra igualmente parva onde é totalmente impossível comprar umas pilhas AA num Domingo. Parvos!
De repente, à minha frente, um mono gigante de pedra branca (sim, eu sei... é calcário...), que se destaca da planura da ínsula como uma grande parvoice. Mas que raios estava a Mãe Natureza a pensar quando espetou aqui com este mono!? Pff... The Rock! Não faz sentido nenhum!

Cheguei à fronteira. Su carnet de identidad? Mostrei, passei. Do outro lado, mais parvoice! Em plena Península Ibérica, um caramelo de chapéu alto Your Id card, please. Porra, já mostrei ao outro! Chatos!
Entrei no Reino Unido. Excepção feita a se conduzir pela direita e não estar a chover. De resto, é igual.

E aí, já em terra não se sabe muito bem de quem, uma surpresa.
Não tenho muita experiência aeroportuária. Quer dizer... a obra que me trouxe a Málaga é o aeroporto, mas isso não conta. Não conheço muitos nem tão pouco lhes pisei as pistas. Hoje, por outro lado, aconteceu-me uma coisa que desconfio não poder acontecer a muitos... Conduzir numa pista de Aeroporto. Vejam lá que tive de fazer uma ultrapassagem perigosa a um Cessna que não me queria deixar passar! Já é abuso, né? Pois... mas a verdade é que conduzi numa pista. A pista do aeroporto de Gibraltar é cruzada pela única estrada que dá acesso a... Gibraltar, lá está!

Passado o Aeroporto, ou pelo menos a sua pista, entrei na cidade. Chiça. Como pode! Feio mas feio! Ingleses deste mundo postrem-se em vergonha! Não há na península uma cidade tão feia! excepção feita, claro, à nossa querida Costa da Caparica... mas essa tem o POLIS! Adiante...

Fechada num qualquer passado em que todos a queriam invadir, perdeu pelas ruas centenas de antigas baterias, claro, sem armas, e em estados de conservação quase piores que os monumentos portugueses classificados pela UNESCO.

Os prédios, esses, genericamente decrépitos e com ar de quem não sabe muito bem onde devia estar, mas ali é que não é de certeza!

Ruas estreitas, com potencial, centenas de sinais de trânsito por todo o lado, carros novos e velhos invariavelmente com matrículas começadas por G, motas e mais motas, baterias abandonadas e placas indicando a Europe point. Fui ver. Afinal, é aí que acaba o Mar e começa o Oceano. Ou pelo menos devia ser...

A todos os que dizem mal do Ponto Mais Ocidental da Europa Continental (por momentos tive fé que o acrónimo fosse ROCA... não é...) recomendo-vos uma visita à Ponta da Europa. Não fosse o mar com fim na costa africana (aqui vê-se mesmo...) e uns trinta cargueiros a pontear o mar, e este local seria, sem dúvida, meretório da paragem de oito ou nove obuzes bem carregadinhos que qualquer coisa que faz PUM!. Sério... Que susto!

Dei mais voltas e paguei tudo em euros. A taxa de conversão que esta gente usa é, no mínimo hilariante. Em determinada ocasião pediram-me 9 libras. E em Euros? 11. Ok... Logo de seguida, 1 libra. Euros? 2! Gargalhada certa! Mas tinha de ser... Era um canhão vitoriano de 100 toneladas! 100 toneladas de puro barrete! Raios!

E a vista? Pois, essa vista, diz que sim. Mas a que me ficou na retina foi a parvoice de um mono de pedra branca naquelas terras e águas tão lisinhas... Que parvoice!

With love from La Linea,
Marco

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Do bom!

bom - adjectivo - de boa qualidade.

coloquial - Do bom - Expressão popular de Benfica para definir o cocktail Vodka-Red Bull (9 partes de Vodka, 1 parte de Red Bull). Pode também ser aplicada a outras situações como designando algo que está bem, funciona bem ou tem qualidade elevada.

Aplica-se então no meu caso à minha ferramenta de trabalho. Como sabem, sou prostituto. Chiça! Que piadita brejeira! Vou manter para dar classe a este blog!

Falava-vos então da ferramenta. Sem entrar em detalhes, afinal há direitos de copyright a respeitar, digo-vos apenas que se trata de um produto incolor, incapaz de mal tratar o ambiente, para estabilizar, vá... buracos! São fluidos de estabilização de solos. Simples. Hoje terminei a minha primeira obra sem orientação. E que tal? Perfeito! Um exemplo a seguir por outras obras (gabarolas, sabem como sou...). Mas e o tal produto? Pois lá está...

Apresento-vos... o Produto. Do bom!!

With love from San Isidro,
Marco

Porque tenho medo do escuro?

Não tenho, nunca tive. Vá, minto!
Quando era pequenino tinha a mania de ver filmes nos canais da parabólica. Posição pedagógica discutível dos meus pais permitia-me ver filmes como os dois primeiros Alliens mesmo antes de me aconchegar no meu querido colchão de pregos (ok... era de palha, mas a hipérbole assenta-lhe bem!). Nessas noites, corajoso como desde sempre, era incapaz de referir o meu receio da possível visita de um desses entes assumindo com naturalidade a função de apagar a luz do meu quarto. A bem da verdade morria de medo da visita dos tais bicharocos pouco amistosos. Era tal o medo que, para conseguir o desejado objectivo de adormecer, refugiava os meus pensamentos no popular rato Mickey. Nunca percebi muito bem porquê, até porque não ligava puto ao tal rato, mas enfim... Enquanto imaginava essa simpática figura a meu lado cantarolava uma qualquer canção que, por motivos de desligamento temporal nunca poderiam ser da Ana Malhoa, seguindo a máxima de "Quem canta seus males espanta!". Assim, com alguma dificuldade e uma boa dose de imaginação (Note-se que para imaginar um gigante rato animado a meu lado cantando comigo o "Onde estás ó Zé" dos Queijinhos frescos é normalmente necessário uma boa dose de cogumelos dos bons!) lá me esquecia da pequena cabeça do outro saindo de dentro do 3º passageiro ou do cyborgue a desfazer-se em matéria leitosa. Enfim, não são imagens fáceis de apagar...
Apesar disso, hoje, com 29 anos não tenho absolutamente medo nenhum do escuro desde que, lá está, me garantam antes que o Allien só aparece mesmo nos filmes. É, não é?
Então de que escuro falo? Não faço puto ideia!
A única razão que me levou a escrever este post prende-se com o facto de ter estado sem computador durante duas semanas e querer falar disso. Ao invés a pena dirigiu o meu discurso para o escuro e para o medo. Diriam: Freud explica! Até admito que sim, mas não estou bem a ver como...
Então mas... E o portátil? Podem perguntar. O wifi estava avariado. Foi para a HP. Arranjaram. Devolveram.
Tem muito menos piada que o Mickey a cantar Queijinhos frescos, ?

With love from Nostromo (a nave do filme seus BURROS!)
Marco

Ver Braga por um canudo...


Ok... Não é Braga... e vá... também não é um canudo...
É Málaga e uma seteira do Castelo de Gibralfaro.
Mas de certeza que também dá pontos!
Não, não aderi à moda das fotos clichê, mas esta piadita tinha de ser feita!

With love from Gibralfaro,
Marco