domingo, 18 de janeiro de 2009

Os cercos de Gibraltar: montados ou montagens?

13. Dizem eles que sofreu 13 cercos. 13? Parece-me um pouco exagerado...
O maior, entre 1779 e 1783 dizem que opôs tropas Hispânico-Francesas e Inglesas. Explique-se.
Depois da Guerra dos sete anos (1763) Gibraltar foi atribuido aos Ingleses como parte dos espólios vencedores. Anos mais tarde inicia-se a Guerra da Independência lá para os States e os camons vá de correr para lá a ver se não perdiam aquilo. Aqui os cervantes e os louvres lembraram-se de dar uma ajudinha aos américas e dar nos cornos dos brits do lado de cá... Palavra puxa palavra e vai de montar um cerco ao mono branco para ver se recuperavam controlo do mediterrâneo. Três anos e sete meses, umas pesetas jeitosas e uns poucos milhões de libras depois e lá deixaram tudo na mesma... Mas... vamos lá a ver... são dos povos mais aldrabões do mundo, não? Cá para mim é tudo tanga! Eu tenho cá a minha versão que, entre nós, é bem mais convincente...
Que os sete anos aconteceram, certo. Que os américas se lembraram que queriam uma bandeira deles, certo. Que os frogs são tontos para entrar neste filme, certo. Agora esta cena do cerco é está aqui a bulir comigo...
Vejam lá se este cenário não é muito mais lógico...

Os tortillas estavam tipo lixados com os beefs. Vai daí declaram-lhes guerra. Querem Gibraltar de volta! Os comandantes do exército e da armada Espanhola colocados no cerco olharam bem para Gibraltar e pensaram "Hummm... Que parvoice!" (eu dava bem para comandante do exército espanhol, não acham?). Contas feitas tinham de subir alguns duzentos ou trezentos metros de escarpa para chegar àquele monte que nem ouro nem indias... não tinha nada! Acercaram-se do estafeta mais próximo e pediram "Vai lá buscar o Elliot q'agente precisa de hablar com ele!". O estafeta foi e trouxe o Elliot.
-Olha lá, ó Elliot, o que é que tu precisas aí em cima que estejas farto de pedir à Rainha e ela nada?
-Ahhh... E-e-e-u p-p-precisar, p-p-precisar, p-p-preciso de um t-t-teatro. M-m-mas ela n-n-não me liga n-n-nenhuma!
-Coño! Tinha de nos sair um b-b-beef!
-Então escuta lá! Que é que achas d'agente fingir aqui um cerco, tu pedes lá as libras à velhaca e quando tiveres tudo pronto a gente desmonta o cerco e diz que não conseguiu fazer nada porque a fortaleza é expugnavel e tudo isso... na verdade ficamos cá em baixo a ver sevilhanas das boas e de vez em quando, quando o teatro estiver pronto vamos aí beber uns copos e comer umas... ahhh.... costeletas de carneiro?!
-Ep-p-p-pá! Isso é u-u-u-uma óp-p-p-p-p-p-...
-Sim, já percebemos, uma óptima ideia!
(-O gajo não sabe que o p é mudo?
-Deixa-o, coitado... é beef!)
-Isso. M-m-mas vou t-t-ter de fazer m-m-mais umas c-c-coisas p-p-para a enganar m-m-mesmo b-b-bem. S-s-sei lá! Uns t-t-túneis e umas m-m-merdas m-m-m-militares!
-Boa! Faz isso mesmo! Assim ninguém desconfia! Nós, agora que falas nisso, vamos fazer uns barcos e fingir uns mortos e tal, e assim até entramos para a história como os gajos que fizeram um cerco durante mais tempo!
-Ok. V-v-v-vou fazer o t-t-teatro n-n-numa g-g-gruta lá em cima q-q-que t-t-tem uma óp-p-p... boa acústica! Vou fazer uns t-t-túneis e umas b-b-b-baterias e de certeza q-q-que a m-m-malta do exército vai g-g-gostar!

Ficou então combinado entre os três que assim seria o cerco. Cá em baixo sevilhanas, vinho andaluzo e meia dúzia de barcos. Lá em cima, boatos de doenças, túneis que até davam jeito para fugir com as amantes, e um teatro numa gruta que por sinal é bem boa de acústica!
Mas os tontos dos calamares não contaram com a astúcia do beef que não falava certo. Raio do gago vai de alardoar tanto que o cerco era tão inultrapassávle e as condições lá dentro tão duras que, quando os beefs dos mantimentos via a moral da malta do exército pensava que o gajo era mesmo um génio. Resultado? Os tais comandantes espanhois foram mandados para a Patagónia fazer cercos a glaciares para garantir que a água, que era do Reino de Espanha não fugisse para o mar! E depois? Bem, depois não sei. Aliás... Nem sei ao certo quem eram estes tipos. Sabem que dos fracos não reza a História. Já o Elliot, foi feito Knight of the Bath e Barão Heathfield de Gibraltar.
Ah pois é! Digam-me lá, quem enrola assim não é gago!
E, to make a long tale short, assim foi. Foi assim que tudo aconteceu. Eu estive lá, eu e claro, o José Hermano Saraiva. Mas o Joselito não gosta muito desta História. Não tem miudas nem intrigas de alcofa...
Então mas e tens provas?
Claro... Apresento-vos... o teatro!

E agora, já acreditam?
With love from St Michael's Cave,
Marco

4 comentários:

Anónimo disse...

chiça marco... devias de ser filho unico... lá o excesso de imaginação...

manel

filipe disse...

ahahahahahahaha
lol@manel

baibuscúa-la chico espanol (til no n xavor)

filipe

Marco Rocha disse...

Raios... Este post não é sobre a minha imaginação. É sobre a verdadeira História do Great Siege!
Dêem-lhe o devido valor, sff!
Obrigado...
PS. para pores um til no n basta tipo... pôr o til no ñ!

centrípeta disse...

Que espectáculo de natureza... seja lá qual for a "verdadeira" história!!!
E ao vivo deve ser muito mais... arrepiante?

;)

**m*