quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Corolário do pensamento do dia

Arqueólogos do mundo espantem-se!
Resolvi um dos maiores mistérios de sempre. Aliás mesmo um dos maiores mistérios da Humanidade.
Qual o gel que o Santana Lopes usa?
Brincadeira...
Toda a gente sabe que é o mais rafeiro de todos... daqueles que colam como UHU. E a câmara de Lisboa que o diga (piadita política... pontos para mim...).
Mas o mistério que resolvi é bem mais importante que esse. Espasmem-se:
A Atlântida nunca existiu.
Nunca existiu sem ser na televisão. Aí, a bem de uma infância bem vivida, não só existiu como deixou um sobrevivente. Aquele fabuloso Homem da Atlântida, com as suas espectaculares membranas interdigitais. Fogo... que série...
Mas voltando ao meu corolário...
Provo por indução que a Atlântida nunca existiu. Vejamos.
Dizem que a Atlântida mergulhou no mar. Afogou-se.
Para que uma porção de terra se afunde no mar, tem de ter muita água por cima, certo?
Ora bem, é falso. Nenhuma porção de terra se pode afogar. Porquê?
Porque se pudesse Bilbao já estava de certeza afundada/afogada há anos!
Se Bilbao não se afoga, terra nenhuma se afoga. Se terra nenhuma se afoga, a Atlântida não se afogou!
Mais um logro desses estupores dos vendedores de mitos!
De certeza que são arqueólogos à procura de trabalho!!!

With Love from Zabalburu,
Marco

nota linguística:
à procura de trabalho
á procura de trabalho
há procura de trabalho
Havia um doido que andava á/há procura de trabalho, mas nunca à procura. Espantaram-se os mais incrédulos... encontrou!

Pensamento do dia

Tenho um pensamento que apareceu hoje. É sobre hoje e vou escrevê-lo hoje. Faz dele um pensamento do dia, não?
O pensamento.
Hoje percebi a causa da subida do nível médio da água do mar. Toda a água que chove em Bilbao escorre para o mar.
É este.

Volto mais logo com mais pensamentos.
Marco

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Champiñones ou Setas? Há tempo para escolher? Há! Todo o tempo do mundo!

Fui jantar há pouco. Desci as escadas do meu segundo andar e entrei na sala de jantar do Don Paquito. Anormalmente cheia. Bem, anormalmente não posso garantir uma vez que só ontem é que jantei aqui. Mas seguramente com muito mais gente que ontem.
Como ontem escolhi uma mesa com boa vista para a sala e que não seja muito exposta. Gosto de ver quem passa mas não gosto que se ponham a ver o que estou a comer. Tenho destas coisas. Pousei as minhas coisas e fui ao Buffet. O camarero, como ontem, perguntou-me o que queria informando-me que para além do que estava exposto no Buffet havia ainda Champiñones rellenos (recheados), Strogonof e Chocos en salsa.
Ontem havia incorrido no erro de não pedir um peixe espada (Espadarte) e me ter ficado pelo Buffet. Não foi um erro muito crasso uma vez que acabei por comer um belo salmão assado com umas batatinhas assadas e um bocado de beterraba. Ainda hoje estou para perceber porque raio gosto tantode beterraba. Mas gosto! Com uma saladinha e um queijinho de entrada, o salmão e ma espécie de doce de iogurte fiquei jantado. mas confesso ter invejado o Espadarte, os Canelonis e a tábua de ibéricos que via passar.
Hoje ia preparado para não me deixar enganar! O camarero perguntou e eu respondi. Pedi de entrada os Champiñones e de prato os Chocos em molho de qualquer coisa que logo descobriria.
Até então estava plenamente convicto que já havia descoberto a diferença entre as Setas e os Champiñones. As Setas sendo cogumeelos selvagens e os outros de conserva. Não. Estava enganado. O que me veio parar ao prato eram três cogumelos frescos, sem pé, com uma espécie de molho de alho picantezinho com um camarão. Assim que como fazendo da cabeça do cogumelo um pequeno prato de sopa. A sopa, está visto, era o creme com um camarão. Acompanhavam os cogumelos três espargos verdes, frescos, trazendo ao prato um sabor, aroma e uma apresentação bastante interessante. Gostei, não me tinham enganado!
Mas de repente a questão apareceu... Então afinal qual é a diferença entre os dois? Calculo que os Champiñones sejam cogumelos brancos. Se não for isso hei-de perceber!
Os chocos, esses, eram lulas... Já me tinham enganado! Raios! Nada que um prato de beterraba a acompanhar não resolva. Ficou resolvido!
Continuei comendo e vendo as gentes que passavam. Bifes, bifes, e ocasionalmente um espanhol comercial de alguma empresas vendendo algum produto a algum cliente. Ou pelo menos foi o que o camarero me disse quando me confundiu por um comercial dinamarquês que vende camas de praia na Costa del Sol. Estranha confusão, não? Enfim, na Happy Hour lá lhe expliquei o que faço aqui enquanto desgustava (porpositado, ok?) duas cañas pelo preço de uma.
Mas enquanto observava um típico casal de ingleses, ele com a sua caneca, ela com a sua caña, eis que do ar sugiu algo especial. E quando digo do ar foi mesmo do ar... A música que passava. Quando imagino uma música portuguesa no estrangeiro, mesmo aqui, na vizinha espanha, imagino uma qualquer canção da nossa muito ilustre Mariza, dos afamados madredeus, da Dulce Pontes, ou até mesmo dos irreverentes Moonspell ou ainda, os que eu pessoalmente acho que têm mais potencial, dos internacionais The Gift. São estes nomes que me surgem quando penso na internacionalização da música portuguesa. Nunca, em qualquer momento pensaria que a fixação portuguesa de comer tudo o que a TVI vende sobre a forma de novelas chegasse ao outro lado das nossas fronteiras. Estava enganado. Mas que porra! Conseguem vocês imaginar a minha cara quando, do nada, na sala de jantar do meu hotel, a 700Kms da minha casa, o cabresto do coxo se põe a cantar como todo o tempo do mundo qualquer coisa!? Xiiiiii! Quase me destruiu o jantar! Vá... isso também não! Mas que raio! Tanta coisa boa e o que damos a conhecer pelo mundo, ou pelo menos pela Andalucia, é o Todo do tempo do Mundo do Paulo Gonzo!?
Resultado, tive de ir comprar tabaco...
Hoje lanço aqui um apelo (é coisa de cronista, não?).
Portugueses! Estendam a bandeira nacional do lado de fora das vossas janelas!
Esperem... este já foi feito e não tem nada a ver com o assunto... esqueçam!
Ok, já sei!
Dêem a ouvir a todos os estrangeiros que conhecem, mesmo todos, madeirenses, açorianos e algarvios incluidos, música portuguesa que não Paulo Gonzo, João Pedro Pais, Mafalda Veiga, D'zirt (é assim?), e todos os outros que a TVI lança ou endorsa!
Acredito que assim, com tempo, certamente teremos os Da Weasel a encher o Olimpia de Paris!
Raios... tarde outra vez... Bem, não interessa quem enche o quê. o importante é que nenhum português seja sujeito novamente a ouvir Paulo Gonzo seja onde for, sem ser claro depois do jantar na M80. Aí ele ainda pode cantar... MAS SÓ DEPOIS DO JANTAR, NUNCA DURANTE!
Vamos lá pessoal! Vamos explusar o Paulo Gonzo da música nacional!
Porra, que grand' àpelo que fiz agora mesmo! Espectacular!

With love from Hotel Don Paquito,
Marco

Bienvenido a España!

Bilbao é País Basco. Em quase tudo é Euskadia. Excepto talvez na teimosa presença da língua castelhana nas placas de trânsito e nas ocasionais bandeiras rubras e amarelas em edifícios do governo central. Em tudo o resto é diferente. Imagine-se que até na forma de beber cerveja. Um txorito só é txorito na Euskadia. Em España não é nada.
De Bilbau e da Euskadia guardo boas recordações. De todos os tipos excepto, claro, da obra. Que javardice!!!
Bom, e das beatas e lixo por baixo dos balcões dos cafés... Não gostei disso tão pouco. Mas isso é universal na península excepto em Portugal (como se evita chamar España à Euskadia, viram?).
Enfim, na Sexta-feira, depois de um conjunto de peripécias que me fizeram, entre outras coisas, conhecer Gasteiz (Vitoria - capital da Euskadia), fui a Lisboa preparar bagagem para seguir para Málaga.
E digo-vos uma coisa... isto sim é España! Bandeiras, Tapas em vez de Pintxos, pior café e cerveja aguada. Agora sim, estou com nuestros hermanos.
Felizmente estou num excelente hotel, com óptimo serviço e bem pertinho do mar... Assim sim, estou como gosto.
Mais, para que lado me volte vejo montes com cumes de neve branquinha que deve ser bem fofa para rebolar!!
E a gente? Espanhola. Esta sim. Indubitavelmente espanhola.
Mas de Málaga muito haverá para contar e isso, meus caros, são outras tantas linhas!

With love from Torremolinos,
Marco